

A cidade de Nossa Senhora das Dores, situada na região do no Vale do Cotinguiba, no Estado de Sergipe, com cerca de 30.000 habitantes, é uma das mais promissoras cidades da região. Além de uma economia em franca expansão, acompanhando seu rápido crescimento, a cidade possui uma história rica em inúmeros aspectos culturais, uma história que precisa ser registrada de maneira mais significativa e precisa manter-se viva na mente e no coração das novas gerações. Por esse motivo alguns jovens que residem na cidade podem notar a falta de incentivo, realização e apoio de eventos culturais de um modo geral e alternativos, mas o que seria esses eventos alternativos? Alternativo, seriam formas de expressão pouco conhecidas pelas pessoas, culturas por muitas vezes riquíssimas, porém poucos divulgadas e praticadas, a realização, divulgação e apoio as esses eventos alternativos é de muita importância para diversidade cultural e artística de uma cidade, de um modo a explorar e mostrar o “desconhecido”, quebrando barreiras do pré-conceito pelo não conhecimento. A monopolização da cultura é um fator preocupante, por de certa forma fechar a mente das pessoas para o mundo lá fora, impedindo de conhecer novos sons, novas cores e tribos.
A iniciativa de se realizar um festival de música independente e alternativo em nossa cidade é de justamente trazer algo diferente para nossa população, algo que por muitas vezes se concentram nas capitais. O projeto tem como objetivo divulgar o trabalho de som alternativo sergipanas, interior a capital, por isso o festival é intitulado de Rock Provincial. Onde terá um objetivo bem maior, não apenas promovendo a música alternativa como o rock, mas sim todas as vertentes artísticas pouco apoiadas e pouco conhecidas pela população, como o artesanato, poesia, consciência ambiental, etc.
Podemos tomar como um feliz exemplo a cidade de N. S. Da Glória-SE, onde acontece todos os anos o Rock Sertão, um evento que hoje em dia já se firmou no calendário cultural sergipano. Como muitos projetos, começou pequeno e com pouca expressão, e hoje em dia é referência até mesmo nacional, por hoje em dia ter tomado grandes proporções, conseguir divulgar de maneira democrática e gratuita bandas e artistas com muito talento e originalidade, porém, sem grande reconhecimento da mídia por executar seus trabalhos de forma independente.
Pensando assim, nós jovens, que tanto anseiam pela NÃO MONOPOLIZAÇÃO da cultura dorense estamos dispostos a promover eventos desse tipo em nossa cidade, claro que com ajuda de todos, principalmente de nossos governantes, que é de se esperar, devem apoiar e divulgar a cultura de um modo geral. Não devemos nos contentar com a CULTURA PRONTA, que é despejada todos os dias em nossos ouvidos por meio das rádios e televisão, cultura que muitas vezes são de péssima qualidade, sem expressão e com letras pobres. Vamos criar, promover, correr atrás do diferente, do que é bom! Todos que querem ver uma cidade mais diversificada, mais rica culturalmente e de pessoas com visão aberta devem fazer sua parte para que Dores um dia possa se tornar um polo cultural vivo e pulsante!
Max Pacheco.